Base Teórica

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Utilizo como base teórica dos meus atendimentos a técnica psicanalítica, que privilegia a “Interpretação”.

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Dentro da Psicanálise temos várias formas de pensar o mundo psíquico. Assim, seguindo os diferentes teóricos, podemos dizer que cada um deles modifica e amplia a visão primeva do pai da psicanálise, Sigmund Freud.

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Os primeiros passos dados por Freud começam com a técnica da hipnose, para possibilitar a catarse dos traumas reprimidos. Depois ele substituiu seu método por livre associação de ideias.

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São vários os autores teóricos que contribuíram para a psicanálise, tais como Melanie Klein, que deu início à análise de crianças por meio da técnica lúdica e à análise de psicóticos. Temos também a abordagem dos analistas que fundaram a Psicologia do Ego, composta por Hartmann e Kris Lowenstein, Erich Fromm, Karen Horney, Anna Freud, Erikson, Margareth Mahler e Otto Kernberg.

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Depois, temos H. Kohut com a Psicologia do Self. Lacan com a Escola Francesa de Psicanálise sob uma ótica de releitura de Freud e expandindo ainda mais o olhar para a clínica das psicoses. E Winnicott, que criou um grupo independente de Melaine Klein e fundou a Sociedade Britânica de Psicanálise, privilegiando o atendimento de crianças e suas mães.  

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Lembro ainda autores não menos importantes como Bion, Ferenczi, Rosenfeld e Meltzer, que marcaram a história da psicanálise com avanços em casos clínicos de pacientes Borderline e Paciente Limite, entre outras patologias contemporâneas que ainda desafiam a psicopatologia atual.

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Portanto, trago a informação de que são vários os pensadores na ciência da psicanálise que fizeram suas contribuições teóricas após a psicanálise criada por Freud, inclusive no que tange às suas técnicas.

 

Abordagem

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Na técnica da psicanálise, existe um rigoroso processo de investigação dos processos mentais, levando um longo tempo de análise. É através da escuta das palavras por associação livre, observação das ações do paciente, interpretação dos sonhos, fantasias e ideias delirantes do paciente, que se passa pela interpretação da resistência, da transferência e do desejo. Levando-o, quem sabe, a uma mudança de estruturação psíquica.   

 

A minha trajetória na clínica se pauta na linha de pensamento da Melaine Klein e seus dissidentes da Escola Inglesa de Psicanálise, por onde aspectos da transferência, do mundo interno e externo, e da pulsão de vida e morte, são fatores fortemente observados para a compreensão clínica do paciente.

Porém, para os casos que não se pretende ou não é possível uma clínica mais aprofundada visando uma mudança de estrutura psíquica, utilizo-me da Psicoterapia de Orientação Psicanalítica. Essa abordagem é baseada na Psicanálise com uma modificação na aplicação da técnica. 

 

A Psicanálise é proposta à mudança de estrutura psíquica do paciente, levando-o a um longo tempo de análise e investigando profundamente o inconsciente dele. Para isso, há os rigores da neutralidade, imparcialidade e distanciamento do paciente, favorecendo o atendimento. Porém, na Psicoterapia Psicanalítica, privilegia-se a experiência emocional vivida na sessão, com os conteúdos trazidos pelo paciente ressignificados no aqui e agora. Dessa forma há uma aliança terapêutica com empatia, compreensão do momento de dor e sofrimento vivido. E se tudo der certo, o tratamento poderá ser produtivo.

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Cria-se possibilidades de modificações de comportamento e postura frente à vida, de forma a melhorar seus sintomas à medida que ele alcança o autoconhecimento. O paciente ancora recursos internos para melhor adaptar-se ao ambiente hostil, passando a tomar decisões com mais clareza e criando um encorajamento para enfrentar os conflitos. Tudo isso só é possível na medida em que o paciente adere ao tratamento e o par analítico se forma através de um bom vínculo.

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Privilegio o atendimento através de duas a três sessões por semana, principalmente para casos com sintomas graves e que seja necessário conjuntamente o tratamento psiquiátrico, ao menos no início das consultas. Depois, gradativamente, talvez seja possível uma redução no atendimento para até uma sessão por semana.  O uso do divã nessa abordagem, não é obrigatório. Inclusive é possível o atendimento “online”, desde que preservadas as regras de sigilo e ambiente seguro no momento da sessão.